Home / Quase metade das médias e grandes indústrias adota trabalho remoto no Brasil

Quase metade das médias e grandes indústrias adota trabalho remoto no Brasil

Fonte: Folha de SP

29 de setembro de 2023

Quase metade das médias e grandes indústrias do Brasil adotava o modelo de trabalho remoto em 2022. É o que indica uma pesquisa divulgada nesta quinta-feira (28) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Segundo o órgão, 47,8% das empresas industriais com cem ou mais trabalhadores ocupados contavam com o teletrabalho em pelo menos um grau de suas estruturas no ano passado. O percentual equivale a 4.583 companhias de um total de 9.586.

Os dados integram a Pintec Semestral 2022, pesquisa que abrange indústrias extrativas e de transformação de médio e grande porte (com cem ou mais trabalhadores).

O levantamento é realizado pelo IBGE em parceria com a ABDI (Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial) e a UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro).

O trabalho remoto ficou em evidência nos últimos anos em razão das restrições impostas pela pandemia de Covid-19. As estatísticas divulgadas nesta quinta, contudo, são consideradas experimentais, e não há dados comparáveis de períodos anteriores a 2022.

A metodologia da pesquisa considera que o teletrabalho está associado à prestação de serviços preponderantemente fora das dependências do empregador, a partir do uso de tecnologias de informação e comunicação. A modalidade abrange as atividades que não se constituem como trabalho externo.

Conforme o IBGE, o teletrabalho foi mais utilizado pelas indústrias na área de administração em 2022 (94,5%). Comercialização (85,7%), desenvolvimento de projetos (71,4%) e logística (56,9%) apareceram na sequência. A área de produção, mais associada a atividades presenciais das fábricas, registrou a menor porcentagem (38,7%).

“Existe uma materialidade na natureza da atividade [produção], que é transformar insumos em produtos. Então, a presença física humana é importante. É muito coerente que a área de produção seja a menos utilizada para o teletrabalho”, disse Flávio José Marques Peixoto, gerente de pesquisas temáticas do IBGE.

Também há um recorte na Pintec sobre os setores industriais que mais adotavam o teletrabalho. Os destaques de 2022 vieram dos ramos de produtos farmoquímicos e farmacêuticos (83,6%), bebidas (83,2%) e equipamentos de informática, eletrônicos e ópticos (72,6%).

Por outro lado, o teletrabalho foi menos frequente nos setores de produtos do fumo (21,2%), artefatos de couro, artigos de viagem e calçados (25,9%) e confecção de vestuário e acessórios (28,3%).

QUASE 85% DAS INDÚSTRIAS USAVAM TECNOLOGIAS

A Pintec ainda traz informações sobre o uso de seis tecnologias digitais nas indústrias com cem ou mais ocupados. Em 2022, 84,9% dessas companhias utilizavam pelo menos uma das ferramentas pesquisadas, diz o IBGE.

Computação em nuvem foi a opção mais declarada (73,6%). Em seguida, vieram internet das coisas (48,6%) e robótica (27,7%).

Análise de big data e manufatura aditiva (impressora 3D) apareceram depois, com percentuais de 23,4% e 19,2%, respectivamente. A inteligência artificial teve a menor proporção (16,9%).

De acordo com a pesquisa, o uso de tecnologias digitais foi mais intenso nos setores de máquinas e equipamentos (94,5%), indústrias extrativas (92,2%) e produtos diversos (92%).

Os menores percentuais foram registrados nos ramos de outros equipamentos de transporte (68,2%), confecção do vestuário (71,6%) e madeira (72,2%).

Os fatores que mais contribuíram para a adoção das tecnologias foram estratégia autônoma das empresas (87%) e influência de fornecedores ou clientes (63%). Já as questões que mais dificultaram o uso foram os altos custos (80,8%) e a falta de pessoal qualificado nas empresas (54,6%).

Confira matéria na Folha de SP

Voltar para Início

Notícias Relacionadas

Coreia do Sul aprova ‘lei anti-Google’ para coibir comissão de pagamentos a Google e Apple em aplicativos (em inglês)
A Coreia do Sul aprovou uma lei que impede que o Google e a Apple imponham seus sistemas próprios de pagamento a desenvolvedores de aplicativos.
Conar nomeia Gilberto Leifert como presidente emérito
Presidente do Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária (Conar) por 20 anos, Gilbert Leifert será nomeado presidente emérito da entidade publicitária. Ex-executivo da área de negócios da Globo, Leifert presidiu o Conar de 1998 até julho de 2018, tendo sido o profissional que mais tempo permaneceu no comando da entidade que tem, como objetivo, zelar pela […]

Receba a newsletter no seu e-mail