Home / Plataformas não querem combater para combater fake news

Plataformas não querem combater para combater fake news

Fonte: O Antagonista

21 de fevereiro de 2022

falta de comprometimento das plataformas digitais com o combate às notícias falsas pode ser atribuída a interesses econômicos , diz o antropólogo e investigador David Nemer , do Centro Berkman Klein para Internet e Sociedade da Universidade Harvard.

Na semana passada, o TSE renovou a parceria com as plataformas para combater a divulgação de notícias falsas, a cerca de oito meses das eleições.

Em entrevista à Folha, Nemer disse que o que importa para as empresas é o engajamento.

“Elas não querem de fato agir de forma a diminuir engajamento, já que fake news geram engajamento, e engajamento é a forma pelo qual elas monetizam. Não querem comprometer o lucro com medidas que possam reduzir o efeito da desinformação.”

Segundo ele, mesmo depois da campanha que levou à invasão ao Capitólio em 6 de janeiro de 2021, as plataformas não parecem muito preocupadas com os riscos políticos das fake news no Brasil. “Elas se sentem muito seguras para tomar essas atitudes”, diz ele.

David Nemer afirma que é preciso combater os “hubs de informação”, que correspondem a grupos de perfis que orquestram campanhas de informações falsas nas redes. Segundo ele, esses perfis são geralmente responsáveis por levar as fake news da “periferia” para o “centro” do debate público.

O pesquisador citou a fake news de que Jair Bolsonaro teria evitado uma guerra entre Rússia e Ucrânia.

Uma conta estava liderando essa campanha. Deu para ver como uma pessoa, uma conta grande, foi suficiente. Você conseguindo identificar e retirando essa conta, você mitiga os efeitos da desinformação.”

Confira matéria em O Antagonista

Voltar para Início

Notícias Relacionadas

STF define que incide ISS na inserção de textos publicitários
Os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiram, por unanimidade, definir que incide ISS, e não ICMS, sobre o serviço de inserção de textos publicitários e de propaganda em qualquer meio. Na ADI 6034, os ministros julgaram improcedente a ação do estado do Rio de Janeiro e declarar a constitucionalidade do item 17.25 da lista anexa à Lei […]
Para o varejo brasileiro, questão é a produtividade, diz executivo da Capgemini
A situação financeira é a principal preocupação de seis em dez consumidores globalmente, aponta a Capgemini. Segundo o estudo realizado pela empresa com quase 12 mil consumidores de diversos países, intitulado “What Matters to Today’s Consumer”, 73% dos participantes estão comprando menos por impulso, enquanto 65% estão dando preferência a produtos “private-label” (marcas proprietárias de […]

Receba a newsletter no seu e-mail