Home / Governo, empresas e ONGs: onde está a confiança dos brasileiros

Governo, empresas e ONGs: onde está a confiança dos brasileiros

Fonte: Propmark

19 de abril de 2023

A Edelman lançou a pesquisa anual Edelman Trust Barometer 2023, que tem como objetivo medir como está a confiança das pessoas, com recortes para o Brasil. Os dados da análise apontaram para colapso no otimismo em relação à economia e um estado de forte polarização, alimentada pela desconfiança.

Os achados brasileiros do estudo mostraram um aumento na confiança no Governo, enquanto as empresas e ONGs se mantiveram como as únicas instituições consideradas confiáveis, competentes e éticas pelos respondentes.

Os dados apresentaram um desequilíbrio entre as instituições, apontando que as empresas têm vantagem de 24 pontos em relação ao Governo em termos de confiança. A média é superior à global, que fica em 11 pontos.

Além disso, a desigualdade baseada na renda gera duas realidades de confiança no país e, entre os respondentes de renda alta, o índice de confiança (média percentual da confiança em ONGs, Empresas, Governo e Mídia) fica em 56, no patamar da neutralidade. Já entre os respondentes de renda baixa, o índice cai para 48, ficando no patamar da desconfiança.

No Brasil, a figura do “Meu Empregador” segue sendo a que goza de maior confiança entre os respondentes, com 78%. No entanto, a percepção é de que empresas não estão fazendo o suficiente no tratamento de questões como acesso à saúde, mudanças climáticas e desigualdade econômica. Da mesma forma, a expectativa é de que CEOs posicionem-se publicamente sobre temas sociais.

“Esse é um ponto importante para empresas refletirem, principalmente em um mundo polarizado como o que vivemos hoje. O estudo mostra que apenas 48% dos brasileiros acham possível que as empresas evitem serem políticas ao tratar de questões controversas da sociedade. É essencial que elas estejam abertas a trabalhar em parceria com outras instituições e que tomem ações baseadas na ciência, que ajam de acordo com seus valores e que sejam uma fonte de informação confiável”, afirmou Ana Julião, gerente geral da Edelman no Brasil.

A pesquisa demonstra que as empresas têm em média seis vezes mais chances de obter resultados ideais atuando em parceria com o governo do que se atuarem sozinhas em ações construtivas para endereçar questões sociais. Além disso, 76% dos brasileiros acreditam que as marcas enfatizarem os interesses que temos em comum fortaleceria o tecido social.

Confira matéria no Propmark

Voltar para Início

Notícias Relacionadas

Entendendo os hábitos de entretenimento pós-lockdown (em inglês)
Estudo da Vivendi, que ouviu 7000 consumidores dos mercados da China, Colômbia, França, Alemanha, Índia, Itália, Espanha, Reino Unido e EUA, indica algumas previsões de mudanças permanentes no comportamento do consumidor em relação à mídia.Leia Mais
Manipulação das redes sociais por líderes populistas é tema de livro de Patrícia Campos Mello
O livro “A Máquina do Ódio: Notas de uma repórter sobre fake news e violência digital”, de autoria da repórter especial da Folha de S.Paulo, Patrícia Campos Mello, trata do funcionamento das campanhas virtuais de desinformação, abordando as estratégias de manipulação das redes sociais por líderes populistas. Leia Mais

Receba a newsletter no seu e-mail