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Publicidade pode ser o caminho para aumentar receita de mídia e entretenimento

Fonte: Consumidor Moderno

29 de setembro de 2023

O ano de 2022 marcou as indústrias globais de mídia e entretenimento (E&M) com um aumento faturamento de 5,4%, para US$ 2,32 trilhões. Mas se os números de E&M forem os comparados a 2021, não houve crescimento, e sim desaceleração, uma vez que, naquele ano, o crescimento foi de 10,6%. Para os próximos cinco anos o crescimento será lento. A expectativa é que até 2027 as receitas cresçam apenas 2,8% com relação a 2026.Os dados estão no relatório Perspectivas do Global Entertainment & Media Outlook 2023–2027.

Os motivos podem ser diversos, entre eles, o aumento das receitas e da atenção que perderam força com a chegada da pandemia de Covid-19. A criação dos podcasts, por exemplo, caiu 80% entre 2020 e 2022. Além disso, os consumidores passaram a ser impactados pela inflação e sofreram os efeitos da pandemia. Entre o público, o Compound Annual Growth Rate (CAGR), ou taxa composta de crescimento anual, será de apenas 2,4% entre 2022 e 2027. Isso representa US$ 903,2 bilhões.

Paralelamente, a publicidade seguiu bons caminhos. Em 2025, por exemplo, a publicidade com mídia e entretenimento ultrapassará os gastos dos consumidores. Eles cresceram 8,1% em 2022. Até 2017, a receita desse setor terá um aumento de US$ 763,7 bilhões para US$ 952,6 bilhões. O CAGR será de 4,5%. Ou seja, a publicidade será a primeira categoria da E&M a chegar a um bilhão de dólares de receitas anuais. Já o acesso à internet deve ultrapassar os gastos do consumidor em 2026.

Os produtos de entretenimento e mídia têm se tornado cada vez mais digitais. Ainda é importante mencionar que os conteúdos de mídia digital gratuitos devem atrair cada vez mais os consumidores. O resultado desse cenário será uma diminuição nos gastos dos clientes a nível global de 0,53% em 2023 para 0,45% em 2027.

Queda nos gastos dos consumidores movimenta CEOs

Com os gastos dos consumidores em produtos e serviços de E&M em movimento decrescente, enquanto a publicidade está em crescimento, os CEOs das indústrias passam por uma reavaliação de cenário. A 26ª Pesquisa Anual Global da PwC mostrou que 40% dos líderes de E&M não consideram viável o atual modelo de negócio para os próximos 10 anos.

O setor tem concorrido pela atenção dos consumidores, porque são eles que geram as receitas. Ainda existe outro cenário: a disputa das plataformas de streaming com formatos longos sendo desafiadas pelos formatos mais curtos, acessados em smartphones. Além disso, as demissões no setor de tecnologia ultrapassaram a casa dos 168 mil nos primeiros quatro meses de 2023.

Os agregadores de conteúdo também têm se moldado. A Netflix, por exemplo, passou a reprimir o compartilhamento de senhas dos assinantes, enquanto a Discovery cancelou a produção de filmes. Apesar de o faturamento das plataformas de streaming terem saltado 45% entre 2021 e 2022 e chegado a US$ 23,3 bilhões, os gastos com conteúdo devem aumentar para US$ 26,5 bilhões em 2023, o que representa apenas 14%.

A publicidade surge como possibilidade de faturamento para entretenimento e mídia

A publicidade tem respirado bons ares. Diante desse cenário, pode se tornar uma boa opção para impulsionar o crescimento dos streamings. Para os próximos cinco anos, a expectativa é que dobrem as demandas de vídeos apoiadas por anúncios. A indústria do streaming também começa a se render à publicidade como principal fonte de receita. À exemplo disso está a Netflix, que em 2022 lançou uma assinatura com preço mais baixo, mas com anúncios incluídos – um modelo que lembra bastante a boa e velha televisão tradicional. O resultado do novo modelo de serviço no balanço, em maio de 2023,  já somava quase cinco milhões de assinantes, sugerindo que está havendo uma boa aceitação dessa nova possibilidade pelo consumidor.

Confira matéria no Consumidor Moderno

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