Home / Otimismo e cautela: quais são as expectativas do mercado para o segundo semestre de 2023?

Otimismo e cautela: quais são as expectativas do mercado para o segundo semestre de 2023?

Fonte: Propmark

1 de agosto de 2023

O momento da economia brasileira ainda inspira cuidados. Há em curso um processo de transição para que o arcabouço seja pautado por decisões imparciais e sem o olhar de correntes subjetivas. O país tem bons fundamentos, especialmente nos campos da agricultura e das commodities. Confiança, porém, é combustível para brasileiros nunca desistirem.

“Esperamos que, no primeiro trimestre de 2023, o PIB brasileiro avance 1,2% na comparação, com ajuste sazonal, com o último trimestre de 2022, e tenha alta de 2,7% sobre o primeiro trimestre do ano passado. Para o acumulado em 2023, o cenário considera que a economia se recupera progressivamente ao longo do ano, registrando crescimento de 1,4%. Apontamos, ainda, para uma expansão do PIB de 2,0% em 2024”, projeta o IPEA (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada).

Nas palavras de Marcio Oliveira, presidente da operação brasileira da R/GA, o primeiro semestre foi “duro”. Oliveira explica que além do fator interno, crise global e guerra impactam a economia. “Passados seis meses, a gente percebe que o consumo ainda está retraído diante de uma taxa de juros tão alta. Mas, há uma inclinação para baixar juros e as empresas começam a se programar para voltar a investir e vender. Veja o exemplo do setor automobilístico: com um pequeno incentivo do governo, pontual, o setor bombou de vender. As marcas aproveitaram a oportunidade para anunciar e o consumidor aproveitou o momento oportuno de compra”.

Manzar Feres, diretora de negócios Integrados em publicidade da Globo, esclarece que os eventos do calendário propiciam otimismo. “Com datas importantes para o mercado, como a Black Friday e o Natal, o segundo semestre é um período de grande expectativa e de oportunidades, tanto para as marcas como para os consumidores. A economia brasileira tem demonstrado sinais de ligeira recuperação, embora o momento ainda seja de cautela. Os desafios seguem postos e exigem prudência e assertividade por parte das empresas. Antecipar os movimentos, além de garantir os melhores espaços, tem sido cada vez mais importante. Uma pesquisa da Globo aponta, por exemplo, que 62% dos consumidores de classe AB afirmam que vão comprar na Black Friday e 26% começam a pesquisar sobre os produtos três meses antes da data. E 22% com, pelo menos, um mês de antecedência”, diz Manzar.

“Essa antecipação exige que as marcas também se planejem em relação às suas campanhas. Como o comportamento do consumidor não é mais só linear ou só digital, as campanhas precisam garantir uma eficiência multiplataforma. Segundo a Comscore, o Brasil é o país com o maior número de espectadores de TV Conectada na América Latina! A complementaridade dos meios é, sem dúvida, o melhor caminho para gerar impacto nos negócios. A nossa aposta, como empresa multiplataforma, é investir em tecnologias capazes de oferecer aos anunciantes soluções adtechs que trazem inteligência em todas as etapas do funil, desde a TV aberta até o digital, com métricas, segmentação, dados e retorno sobre o investimento em cada tela. Soluções que podem ser customizadas para todos os tamanhos de anunciantes, valorizando a liberdade na construção da estratégia de cada marca. Essa é, sem dúvida, a direção certa para resultados saudáveis a curto, médio e longo prazo”. O publicitário Luiz Lara, chairman do grupo TBWA no país e presidente do Cenp, já viu sinais de recuperação no segundo semestre.

“Apesar dos juros ainda muito altos, o encaminhamento da aprovação do arcabouço fiscal e da reforma tributária criou boas expectativas para o mercado, o que, junto com a redução da inflação e com a renegociação de dívidas do Desenrola, permitirá o aumento gradativo do consumo. No Grupo TBWA, o foco é nos talentos que atuam nas agências – Lew’Lara/TBWA e ID/TBWA – lideradas, respectivamente, por Marcia Esteves e Camila Costa, atuando de forma independente, crescendo junto aos atuais clientes com novas unidades de serviços, unindo tecnologia, dados e criatividade, para trazermos resultados aos nossos clientes”, considera Lara.

No olhar de Heloísa Santana, presidente-executiva da Ampro, projetos represados estão emergindo. “O segundo semestre vem demonstrando uma movimentação positiva, consequência de alguns projetos ainda represados sob o tema pandemia”.
Heloisa acrescenta: “Falo isso em todas as ferramentas do live marketing, não apenas em eventos e ativações – e sim nas campanhas promocionais, ações de incentivo e no trade, que demonstram uma quantidade maior de atividades. Aos poucos, percebemos a retomada de um dos principais setores da comunicação em termos de conexão com seus consumidores. Mas, com esse cenário positivo, encontramos pontos de melhorias como a quantidade de concorrências para projetos a cada job, os prazos de pagamento e o equilíbrio nas relações. Basicamente, estamos falando de aumentar o volume de um termo chamado ESG”.

Confira matéria no Propmark

Voltar para Início

Notícias Relacionadas

Agência de privacidade da UE quer mais regras para travar gigantes tecnológicas dos EUA
A Autoridade Europeia para a Proteção de Dados apoiou as propostas para a Lei dos Mercados Digitais e a Lei dos Serviços Digitais e sugeriu mais mecanismos para aumentar os direitos de privacidade dos usuários.Leia Mais
Sua empresa é um bem de órfão?
Quando sou contratado para uma consultoria financeira ou de gestão, me deparo, na maioria das vezes, com uma confusão financeira nas empresas. Essa confusão se traduz, basicamente, na utilização de recursos do caixa da empresa para atender às necessidades dos sócios. Quando constato esse fato, me lembro do meu saudoso sócio, Júlio Ribeiro, repetindo sempre […]

Receba a newsletter no seu e-mail