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Os desafios do uso de dados nos serviços de delivery

Fonte: Meio e Mensagem

30 de agosto de 2022

André Santa, head de novos negócios e marketing para América Latina na Intellibrand, comenta a questão

Em 2021, a comida por delivery e as compras de supermercado pela internet foram as categorias com maior crescimento no número de consumidores no comércio eletrônico, segundo pesquisa da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil). Os dados apontam que, a primeira foi de 30,40% em 2019 para 54,80% e a segunda de 9,20%, antes da pandemia, para 30,30% no ano passado.

Nesse período pós-isolamento social, como as empresas podem utilizar os dados para melhorar esse serviços que agora tem maior atenção? André Santa, head de novos negócios e marketing para América Latina na Intellibrand, explica ao Meio & Mensagem:

Meio & Mensagem – Atualmente, como a indústria que atua em plataformas de delivery tem usado os dados?
André Santa – As indústrias, principalmente de alimentos e bebidas, cuja presença nos canais bares e restaurantes é super relevante para o negócio, têm demandado cada vez mais a necessidade de entender seu posicionamento dentro dos FSAs (Plataformas de delivery) e através delas, entender como seus produtos e marcas estão presentes no trade propriamente dito. Com base nessa necessidade, essas indústrias buscam a Intellibrand devido a um dos nossos produtos, o Intellifoods, que visa promover informações e insights estratégicos a respeito deste segmento. É possível através do Intellifoods, por exemplo, entender quais restaurantes possuem a marca presente, quais deles não comercializam seus produtos (o que abre para o time comercial uma oportunidade de novos negócios), analisar se sua estratégia de preços para o canal está fazendo sentido, assim como analisar a qualidade de seus conteúdos dentro de cada restaurante/bar, por exemplo.

M&M – Como utilizar os dados para melhorar o desempenho de vendas?
Santa – Com base nas informações que são coletadas pelo Intellifoods, além de ser possível para as indústrias aumentarem sua base de clientes, entendendo onde você não está presente e poder prospectar um novo ponto de vendas, elas conseguem melhorar a qualidade dos seus conteúdos, analisar estrategicamente a precificação dos seus produtos por região, trackear se algum parceiro de negócio apresenta ou não combos de produtos disponíveis em seus menus. Atuando diretamente em todos os pontos de oportunidade, nossos clientes conseguem trabalhar junto às grandes redes, ou até mesmo em pequenos pontos de vendas (que não façam parte de uma rede estruturada) que por diversas vezes possuem grande relevância para o seu negócio. Através das informações apresentadas por diversos relatórios do Intelliffoods, nossos clientes conseguem, por exemplo, estruturar campanhas de incentivo para seus colaboradores, com foco em melhorar sua presença neste tipo de canal e consequentemente vender mais.

M&M – Quais dificuldades as empresas apresentam para ainda não usarem esses dados?
Santa – Na maior parte dos casos há dificuldade de trabalhar e interpretar dados. Neste sentido, além da própria tecnologia que é fundamental para trazer informações importantes para nosso cliente, o próprio produto Intellifoods traz diversos relatórios e gráficos que auxiliam nosso cliente nas decisões estratégicas, contamos com um time de Atendimento, totalmente especializado no negócio do nosso cliente, assim como uma equipe de cientistas de dados que tem como objetivo, ser um parceiro de negócios para eles. Entendemos que mais do que oferecer uma tecnologia, é ser de fato esse parceiro de negócios e ajudar o nosso cliente a extrair os melhores insights e interpretar os dados da melhor maneira possível.

M&M – Onde o Brasil se encontra quando falamos de tecnologias do varejo digital em relação ao resto do mundo? Estamos atrasados?
Santa – Em uma pesquisa recente feita pela EDGE (empresa irmã da Intellibrand, ambas pertencentes ao grupo Ascential), o Brasil, assim como outros da América Latina está no que consideramos geração 2 do comércio, ou seja, onde as redes varejistas atuam com vendas predominantemente físicas. Outros países como EUA, Alemanha, Reino Unido, Japão e Coreia do Sul, já se encontram na 3a geração, ou seja, onde a presença de vendas em lojas digitais está praticamente 50/50 com lojas físicas. O mais interessante é que a China (que assim como o Brasil é um mercado emergente) é, atualmente, o único país do globo a figurar na 4 geração de comércio, onde a maior parte das vendas acontecem no e-commerce. Em resumo, hoje o Brasil é um dos países caminhando diretamente para um novo nível de comércio, estando atrás de EUA, Japão, Alemanha e Reino Unido, que são países super desenvolvidos. Outro dado interessante que vale a pena destacar é que a América Latina, até 2025, deve ser a região com a maior taxa de crescimento do e-commerce (10,4%), na frente da América do Norte, Europa e Oriente Médio/Africa, ficando atrás apenas da Ásia, devido ao nível de maturidade da China neste contexto, que evidentemente puxa o número para cima (estima-se um crescimento de 12,8%), segundo o mesmo estudo feito pela EDGE.

Confira matéria no Meio e Mensagem

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