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Modelo híbrido predomina nas agências um ano após flexibilização da pandemia

Fonte: Propmark

15 de agosto de 2023

Passado mais de um ano do fim das restrições da pandemia da Covid-19, o que mudou no cotidiano do mercado publicitário? A emergência naquele período sombrio obrigou um contingente imenso de funcionários a ir para o isolamento social e a alternativa foi adotar o regime home office em praticamente todos os setores em que o contato presencial é necessário. Com a flexibilização, veio o sistema híbrido, alternando dias entre o presencial e o trabalho a distância. Contudo, o que parecia ser apenas uma solução passageira, tornou-se uma nova cultura de trabalho. Hoje em dia, o que se vê é pouca gente circulando nas agências no horário comercial.

Não é um fenômeno exclusivo da publicidade. De acordo com levantamento da plataforma de coworking BeerOrCoffee, 42% das pessoas que passaram a trabalhar de casa em função do isolamento – independentemente do setor em que atuam – querem continuar assim. Principalmente para atividades que demandam mais criatividade. Várias pesquisas apontam que esse modelo é o preferido, tanto entre os executivos C-Level como entre os colaboradores em geral. A FGV divulgou uma pesquisa que aponta que 71% acreditam na flexibilização como futuro do trabalho. Já de acordo com a consultoria Mckinsey & Company, 52% apontam o sistema híbrido como o ideal, lembra Paula Molina, diretora de RH da WMcCann.

Porém, em nível global, houve resistências ao novo estilo de trabalho. Em comunicado logo após o início da flexibilização das regras de isolamento no ano passado, Google e Amazon exigiram a volta de suas equipes ao trabalho presencial mesmo após constatar que a maioria de seus funcionários não queria sair de casa. Outros casos pipocaram em seguida.

O que está claro é que cada sistema tem suas vantagens e desvantagens – para ambos os lados. Até o início da pandemia, o trabalho presencial era predominante, com o funcionário indo para o escritório e cumprindo um horário determinado junto aos colegas e seus superiores. Para ele, a vantagem era ter uma estrutura montada exclusivamente para realizar suas tarefas. Já para a empresa, a proximidade física do staff permitia um maior controle sobre o desempenho e a produtividade.

A desvantagem para quem bate cartão é o inconveniente de ter de se deslocar até o local de trabalho, desperdiçando um tempo no trânsito que poderia ser mais bem aproveitado para ficar com a família, por exemplo. Para a empresa, há o custo de manutenção da estrutura física dos escritórios.

Já no modelo híbrido, a vantagem para ambos os lados parece óbvia: tanto empregados quanto empresa lucram em ganho de tempo e redução de custos. Mas a falta de interação humana, como a comunicação e a socialização, ainda é um fator que joga contra esse estilo de trabalho, mesmo com a interação digital possível por meio de aplicativos como Google Meet e Teams. E há também a constatação de que muitas vezes executar tarefas profissionais em casa acaba por ocupar mais tempo do que quando se tem horários definidos, o que levou ao surgimento da chamada síndrome de Burnout, ou esgotamento emocional e mental por excesso de trabalho.

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