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Como a tecnologia ajudou a democratizar a participação na economia criativa

Fonte: Fast Company

1 de novembro de 2023

Nossas habilidades criativas estão se expandindo diante de nossos olhos. Agora, não somos apenas espectadores, mas participantes ativos nessa nova realidade. É nosso dever (e um privilégio) aproveitar este momento, enquanto ampliamos nossa capacidade de imaginar, sonhar, experimentar e criar livremente.

A criatividade e a expressão pessoal – bem como o que fazemos para promovê-las – são mais relevantes hoje do que em qualquer outro momento da história. Com os avanços da inteligência artificial e de uma série de outras tecnologias inteligentes, temos à nossa disposição mais ferramentas, plataformas e recursos do que jamais poderíamos imaginar.

Mas a principal mudança é que essas ferramentas nos permitiram migrar de um modelo centralizado, no qual o poder e os recursos para a criação pertenciam apenas a um grupo seleto, para um modelo descentralizado, no qual todos têm voz e podem contribuir com suas visões de maneira significativa e sustentável.

A economia criativa

Em 2022, a Adobe publicou um estudo inovador que revelou que mais de 165 milhões de pessoas haviam ingressado na economia criativa global em apenas dois anos. O acesso universal a plataformas digitais torna plausível a ideia de que, em algum momento, todos possam ser considerados criadores.

Independentemente do lugar, idioma, gênero, cultura, costumes e culinária, o potencial para ampliar e diversificar as expressões criativas aumentou exponencialmente, gerando oportunidades que podem beneficiar comunidades inteiras.

Esse movimento de descentralização deu origem a um novo ecossistema com níveis sem precedentes de transparência e um compromisso central com a equidade e a acessibilidade. Isso, por sua vez, alimenta a criatividade.

Quanto mais as pessoas entendem quais são as dificuldades enfrentadas por colegas e outros criadores que consideram bem-sucedidos, mais confiança elas ganham para se dedicar a seus próprios projetos criativos.

Esse ciclo opera com base em um princípio simples: ver, acreditar, ser. Poder acompanhar a trajetória de outras pessoas, por meio de suas vitórias e desafios, fortalece a crença de que conquistas semelhantes são possíveis, incentivando, assim, os indivíduos a seguirem suas próprias aspirações criativas com mais determinação.

O papel da tecnologia

Historicamente, no ambiente de trabalho, o uso de novas tecnologias e da criatividade muitas vezes foi limitado por decisões precipitadas e respostas previsíveis por parte da liderança. Infelizmente, esses julgamentos apressados prejudicaram a inovação, impedindo que os membros da equipe explorassem novas plataformas e soluções criativas. 

Esse medo internalizado – do desconhecido, de julgamento, de não saber como nem por onde começar – se transformou no maior inimigo do progresso: o medo do fracasso.

Líderes de sucesso, por outro lado, reconhecem a necessidade de abraçar ferramentas tecnológicas em constante evolução como um sinal para avançar com propósito e tomam medidas para evitar que decisões baseadas no medo possam afetar seu ecossistema.

Para isso, é necessário criar um ambiente em que as equipes sejam encorajadas a ser criativas e a assumir riscos calculados. Isso levará à criação de uma cultura corporativa na qual os funcionários são capacitados e incentivados a contribuir, o que resultará em mais sucesso pessoal e coletivo.

Dessa forma, a organização poderá se beneficiar continuamente, identificando, apoiando e promovendo aqueles que demonstram disposição para inovar e se adaptar quando necessário.

Essa tendência já pode ser vista em plataformas criativas, com alguns funcionários construindo e promovendo suas marcas em seus “canais de mídia” pessoais, como LinkedIn ou Instagram.

Para apoiar aqueles que possuem quociente de inteligência (QI), quociente emocional (QE), quociente de adversidade (QA) e motivação intrínseca, os líderes devem apresentá-los a recursos que eles podem utilizar.

Esses recursos podem incluir mentores, conferências, softwares, hardwares e financiamento, para tornar o processo criativo contínuo, tanto agora quanto no futuro. Uma vez identificados, incentive esses indivíduos a abraçar suas paixões e a romper com os modelos tradicionais.

A criatividade não tem limites, nem deveria ter.

Confira matéria na Fast Company

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