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Agência dá ênfase aos profissionais 50+ em conexão com o mercado de comunicação

Fonte: Fast Company

14 de setembro de 2022

Portland espera valorizar a diversidade etária nesta temporada de seu programa para destacar talentos criativos

Em 10 anos, a parcela de pessoas com 60 anos ou mais passou de 11,3% para 14,7% da população, segundo dados divulgados em julho pelo IBGE. Já o número de brasileiros com menos de anos 30 caiu 5,4%, entre 2012 e 2021. O grupo etário com 30 anos ou mais representava 56,1% (seis pontos percentuais a mais que em 2012). Isso significa que estamos nos tornando um país idoso, algo que atinge diversas esferas, incluindo o mercado de trabalho.

Apesar das mudanças, muita gente ainda está atrelada a uma forma ultrapassada de pensar sobre os trabalhadores mais velhos, aponta a mestre em análise do comportamento humano Tati Gracia. “O etarismo – ‘você não tem mais idade para isso!’ – ainda é visto como uma forma cruel de discriminação, na qual pessoas mais velhas são consideradas incapazes e dependentes dos mais jovens”, afirma.

A diferença geracional é o desafio enfrentado pela Portland, agência de projetos criativos que promove um programa para destacar talentos. Em sua sexta temporada, a iniciativa tem como título “Porque o Sol é para todo mundo!”.

A iniciativa é um pool de talentos para o mercado da comunicação, focada em impacto social. Utilizando metodologias inéditas de capacitação e conexão às vagas do mercado, a Portland já encaminhou pessoas para mais de 200 vagas de estágio nas áreas de marketing e comunicação.

“Diversidade é uma ferramenta de inovação e esse é um dos fatores que fazem do Brasil um país tão criativo. A pluralidade de pessoas em uma empresa cria um melhor ambiente de trabalho – virtual, presencial ou híbrido – aumentando a produtividade e a rentabilidade das corporações”, afirma Bruno Höera, fundador e diretor da Portland.

As cinco temporadas anteriores contabilizaram um total de 4,5 mil inscritos, 250 finalistas e 125 profissionais conectados ao mercado de trabalho por meio da agência. Na de 2022, que acontece nesta quarta e quinta-feira (dia 14 e 15), com transmissão pelo YouTube, foram mil inscritos que originaram 25 finalistas, que concorrem a bolsas de estudo na Miami Ad School.

“Um dos principais questionamentos desta edição foi ‘cadê os 50+ no mercado de comunicação?’”, afirma Höera. “A cada temporada ampliamos o viés da diversidade. Começamos com os jovens, depois convidamos as pessoas fora do eixo Rio-São Paulo e agora focamos no futuro trazendo as pessoas 50+ para iluminar nossos caminhos.”

Os finalistas apresentam seus projetos criativos para uma banca avaliadora de 200 profissionais. Entre as apresentações, o painel Praia Portland reúne CEOs de agências para desdobrar conteúdos que questionam as práticas convencionais de mercado, mostrando alternativas aos problemas identificados.

Alguns dos temas que serão abordados incluem as iniciativas das agências em relação à diversidade e inclusão; concorrência na época da colaboração; agências independentes com propósitos, além da inserção dos profissionais 50+ no mercado.

“Se a diversidade é uma ferramenta de inovação, a maturidade tem como principal papel nos dar segurança e sabedoria de quem tem muitos anos de praia”, diz Hoëra.

Cada candidato apresenta uma ideia com propósito. A partir disso a banca deve considerar e avaliar as seguintes habilidades: criatividade, autenticidade, diversidade e inteligência cultural, visão futurista, senso crítico, capacidade de improviso, comunicação assertiva, liderança e pensamento analítico.

Desta vez, a Portland reuniu um pool de agências patrocinadoras com o mesmo propósito de acelerar e defender a pluralidade como ferramenta de inovação, entre elas: Hype, Mutato, CPB, Bullet, Holding Clube, Weber Shandwick, GPJ, Live Team Brasil e Integer Out Promo.

“Fazer parte dessa temporada é uma oportunidade de estarmos ainda mais próximos da inovação que a diversidade de pessoas traz para o mercado. Já tivemos participantes atuando na Mutato desde as primeiras edições e valorizamos o potencial dessa parceria”, afirma Andre Passamani, fundador e co-CEO da Mutato.

Confira matéria na Fast Company

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