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Sessão plenária faz homenagem a Edney Narchi, que deixa o Conar após 38 anos

Fonte: R7

30 de junho de 2023

O Conselho de Ética do Conar, reunido em sessão plenária na manhã de hoje, rendeu homenagem a Edney Narchi, que se aposentou depois de 38 anos de serviços à auto-regulamentação publicitária brasileira. Mais de 80 pessoas, entre conselheiros, membro da diretoria e das entidades fundadoras do Conar e convidados estiveram presentes à sessão. Também esteve presente no encontro o Superintende de Rede da Record TV, André Luiz Duarte Dias, representando a emissora e a 2ª Câmara do CONAR, onde é Conselheiro de Ética.

“O Conar deve muito ao Edney”, disse Sergio Pompilio, presidente do Conar. “Afinal, estamos falando de alguém que esteve presente às sessões de julgamento de algo próximo a dez mil representações e notem a importância disso: nós mal ultrapassamos as onze mil representações abertas pelo Conar em toda a sua história”.

“E isso é uma parte pequena da história. Como bom advogado que é, Edney é um profissional de conciliação. Eu diria que é um mestre da conciliação, qualidade que ajudou o Conar a promover centenas de reuniões de conciliação oficiais e outras tantas em que ele, com seu conhecimento, dedicação e capacidade de mediação, ajudou a resolver sem que fosse necessário transformar o caso em contencioso”, destacou Pompilio. “Edney foi também um consultor informal de todos nós, profissionais de publicidade. Quantos de nós não pegamos o telefone em horas difíceis e perguntamos a ele: “Isso pode, Edney?”. As respostas dele, sempre generosas e discretas, foram guias seguros para decisões que importavam a nós, anunciantes, agências e veículos, nos economizando tempo, dinheiro e muitas dores de cabeça”.

Prosseguiu o presidente do Conar: “Edney foi ainda, uma pessoa que entendeu a publicidade e as relações de consumo em todos os seus ângulos e soube contribuir com extrema sensibilidade para as muitas modernizações pelas quais passou nosso Código Brasileiro de Auto-regulamentação Publicitária nestes anos turbulentos. Não por acaso, representou o Conar e os interesses da publicidade em negociações decisivas em Brasília e foros internacionais. Sua participação no grupo de trabalho que levou ao Código de Defesa do Consumidor, nos anos 80 e 90, foi notável. Só não sentiremos ainda mais a falta de Edney no Conar porque ele cuidou de plantar muitas sementes e cultivar a equipe que o sucede no Conar, entre elas a Juliana Albuquerque, que o substitui na vice-presidência executiva”.

Juliana falou a seguir, lembrando que trabalhou com Edney por 22 anos. “O Conar abriu caminhos pelas mãos dele e se consolidou, tornando-se uma referência em autorregulamentação no Brasil e no mundo. Pioneirismo, espírito associativo, respeito às liberdades, exemplo de condução ética são legados do dr Edney. É uma honra sucedê-lo”.

Luiz Lara, presidente do Cenp e vice-presidente do Conar até a gestão passada, relembrou passagens importante da carreira de Edney e pediu para que ele não se afaste muito da publicidade. “Você é um pilar do Conar, o Conar é um pilar da liberdade de expressão comercial, e a liberdade de expressão é um pilar da democracia e do Brasil. Ficamos muito grato ao trabalho que você fez. Por favor, fique por perto, nunca deixa a gente sozinho”.

O ex-presidente do Conar, Joao Luiz Faria Netto disse ter muita alegria de ter convivido com o Edney nestes 38 anos. “Ele é formado para entender, pacificar e evitar conflitos prolongados”, disse João Luiz. “A publicidade não assegura apenas a liberdade de expressão, mas também a liberdade de viver democraticamente. Edney ajudou a construir isso. O Conar deve a ele grande parte da eficácia que produz para a sociedade”.

Adriana Pinheiro Machado falou em nome dos membros do Conselho de Ética. “Me lembro de pronto da enorme paciência e generosidade do Edney, em compartilhar com os conselheiros ritos, procedimentos, fundamentos e histórias do Conar. Aqui temos a oportunidade de aprender lições inestimáveis. O trabalho feito por esta casa contribui de forma decisiva para que a publicidade feita no país se dê de forma ética e a competição dentro de parâmetros saudáveis. Isso se deve em enorme medida à inteligência, competência e diligência do trabalho do Edney, que ajudou a forjar esta instituição única, acessível a pessoas de qualquer lugar do país, de todos os extratos sociais e empresas dos mais diversos portes. E ainda fez a sua sucessão de forma impecável”. 

Do exterior, onde se encontra, o ex-presidente Gilberto C. Leifert enviou um vídeo, no qual relembra passagens da sua longa convivência com Edney – eles se conheceram ainda como estudantes do Largo de São Francisco. “Tive oportunidade de tirar enorme proveito dos seus conselhos e sabedoria, temperança e diplomacia. Ótimo ouvinte, discreto, cordial, compenetrado, solidário e cumpridor. Dedicou-se muito ao Conar, cultivou amigos e admiradores”. Gilberto citou histórias, hábitos e a memória excepcional de Edney. “Se fiz algo de bom pela nossa atividade, uma delas foi apresentar Edney ao Petrônio Corrêa, que o contratou como meu sucessor na diretoria executiva do Conar. Deu muito certo. Seu desempenho nos deu qualidade, credibilidade e muito orgulho”.

Em seguida, Sergio Pompilio entregou placa alusiva à data e passou a palavra ao homenageado, usando as palavras que o próprio Edney usa nas sessões de julgamento, quando passa a palavras às partes: “o senhor tem dez minutos”.

Edney começou afirmando que as palmas dirigidas a ele são, na verdade, devidas aos membros do Conselho de Ética. “O Conar é o que o Conselho de Ética faz. Vocês são a atividade-fim do Conar”.

A seguir, relembrou a sua contratação, “Acredito que a minha falta de vivência na publicidade tenha sido decisiva. O Conar preferia alguém imparcial e equidistante das disputas que aqui se travam. Isso tem sido questão de honra para o Conar e motivo de nossa satisfação íntima e pública. Nossos associados e o mercado como um todo sabem que mantêm de uma entidade cuja lisura sempre esteve acima de tudo. Um tribunal de ética há de ser, acima de tudo, ético. E todos aqui sabem do calor das disputas que aqui se travam”.

Foi adiante: “queria reafirmar meu caso de amor pelo Conar, que se tornou um outro sobrenome ligado a mim. O Edney do Conar se afasta com a sensação do dever cumprido e com a satisfação de deixar não ex dirigentes ex conselheiros, mas eternos amigos. Nossa evolução maior foi passar deste velho bacharel para uma profissional de direito como a doutora Juliana Albuquerque, que dará suporte às diretorias e conselhos, supervisionará os trabalhos da casa e saberá manter a harmonia e o clima respeitoso com nossos associados e fundadores. Conseguira enfim que o século XXI seja palco para consagradoras vitórias do Conar e da ética publicitária, tanto aqui quanto no exterior”.

Formado em 1972 pela Faculdade de Direito do Largo de São Francisco, Edney ingressou no Conar como seu diretor executivo em 1985, substituindo Gilberto C. Leifert. Antes, ocupara a chefia do Gabinete da Secretaria de Negócios Jurídicos da Prefeitura de São Paulo e a diretoria da Assessoria de Relações Governamentais da Federação do Comércio do Estado de São Paulo. Em seus anos como principal executivo do Conar (ele tornou-se vice-presidente executivo em 2008), Edney respondeu a seis presidentes, começando por Petrônio Corrêa, passou por três sedes da entidade, incontáveis reformas do Código Brasileiro de Autorregulamentação Publicitária, centenas de participações em interlocuções com autoridades e mercado publicitário, no Brasil e no exterior. Sua sucessora no cargo é a Juliana Albuquerque, que trabalhou com ele por mais de vinte anos.

Confira matéria no R7

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