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18 de janeiro de 2022
Eco ansiedade, idosos digitais, desenvolvimento pessoal e metaverso são algumas das tendências globais de consumo indicadas pela Euromonitor International
O ano de 2021 foi tomado por mudanças radicais no estilo de vida das pessoas, que motivaram os consumidores a tomarem decisões de forma intencional, consciente e ambiciosa. De acordo com a Euromonitor International, para 2022 os consumidores colocarão seus planos em ação. Para acompanhar esses planos, a empresa global de pesquisa de mercado aponta as principais tendências globais de consumo para 2022, no relatório “10 Principais Tendências Globais de Consumo 2022”.
De acordo com Guilherme Machado, Research Manager at Euromonitor International, a lista é obtida a partir do trabalho conjunto de analistas espalhados por quinze escritórios ao redor do mundo em um trabalho de identificação dos temas que têm mobilizado de forma mais consistente a atenção das empresas na relação com os consumidores finais.
“As empresas precisam se transformar para acompanhar as preferências em rápida evolução dos consumidores”, destaca Alison Angus, head de lifestyles da Euromonitor International. “Simplesmente voltar a adotar práticas anteriores à pandemia não deve gerar os mesmos resultados daqui para frente”.
1. Sempre com um plano B: Os consumidores encontram soluções criativas para comprar seus produtos desejados ou pesquisar as próximas melhores opções diante da grande escassez causada por interrupções das cadeias de abastecimento. Segundo Machado, as constantes oscilações entre períodos de abertura e fechamento das atividades comerciais em função dos números de contágio pelo Covid-19 fazem as empresas contarem sempre com um plano B. “As soluções criativas é que têm promovido o acesso dos clientes aos produtos e serviços”, completa.
2. Agentes do clima: A eco ansiedade e a emergência climática promovem o ativismo ambiental para uma economia “net zero”. Em 2021, 35% dos consumidores no mundo reduziram ativamente suas emissões de carbono. “Preocupações com a urgência climática fazem os consumidores se preocuparem cada vez mais com produtos que promovam a redução nas emissões de carbono, fator que os converte em verdadeiros agentes do clima”, comenta Machado.
3. Idosos digitais: Os consumidores mais velhos se tornam usuários mais aptos da tecnologia. Soluções virtuais devem ser personalizadas segundo as necessidades desse público on-line mais amplo. “A economia prateada ganha força e gradualmente se familiariza com as transações no e-commerce, mas ainda demanda mais adaptações na experiência de compras online”, refoça o Research Manager.
4. Aficionados financeiros: A gestão democratizada do dinheiro possibilita que os consumidores ampliem seus conhecimentos e segurança em matéria financeira. Mais da metade dos consumidores no mundo acredita que estará melhor financeiramente nos próximos cinco anos.
5. A grande renovação da vida: Os consumidores se concentram em desenvolvimento pessoal e bem-estar, e estão fazendo drásticas mudanças de vida que refletem seus valores, paixões e propósitos. Segundo Machado, o processo de auto-conhecimento e revisão de valores tem levado muitos consumidores a uma grande renovação da vida, mudanças drásticas de estilos de vida e objetivos que impõem novos desafios para as estratégias de marketing que devem reconhecer e abraçar essa revolução.
6. O movimento metaverso: Ecossistemas digitais imersivos e tridimensionais começam a transformar as conexões sociais. As vendas globais de headsets de realidade aumentada e realidade virtual cresceram 56% de 2017 a 2021, atingindo a cifra de US$ 2,6 bilhões no último ano.
7. Antigos produtos, novos donos: Mercados de compras peer-to-peer e de segunda mão crescem à medida que os consumidores buscam itens únicos, acessíveis e sustentáveis.
8. Urbanos rurais: Os consumidores estão se mudando para áreas mais seguras, limpas e verdes. Os moradores da cidade também querem que esses benefícios sejam trazidos para seus bairros.
9. Em busca do amor-próprio: Autenticidade, aceitação e inclusão são as prioridades de escolhas de estilo de vida e hábitos de gastos à medida que os consumidores adotam sua verdadeira essência.
10. O paradoxo da socialização: Níveis de conforto variáveis criam um retorno conflituoso para a vida pré-pandemia. Em 2021, 76% dos consumidores do mundo adotaram precauções de saúde e segurança ao saírem de casa. “Os consumidores se dividem entre a ansiedade para a retomada dos hábitos pré-pandemia e a hesitação sobre abandonar a rotina dos últimos dois anos. O paradoxo da socialização leva as empresas a ampliar opções em todos os canais de interface sem sacrificar a qualidade das experiências”, afirma o Research Manager da Euromonitor.
Confira a matéria no Meio&Mensagem.
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