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3 de março de 2023
Ao longo dos anos, pode-se perceber a ligação entre os investimentos em Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC) – conjunto de recursos, que, quando utilizados de forma integrada, alcançam um objetivo em comum – e o crescimento econômico global. De acordo com levantamento da GSMA Intelligence, entre 2000 e 2017, a adoção de dispositivos móveis aumentou 10% e o Produto Interno Bruto (PIB), 1% – entretanto, quando as conexões de tecnologia de rede móvel foram atualizadas (do 2G para o 3G; e do 3G para o 4G), esse número cresceu para, aproximadamente, 15%.
Com o avanço da digitalização, que incluir inteligência artificial, soluções de segurança cibernética, internet das coisas e computação em nuvem, e bem como com o período pós-Covid, em que as buscam cada vez mais conexões e a facilidade proposta pela internet, é necessária uma reavaliação da importância dos investimentos em TIC para a economia digital global. Os governos, por exemplo, estão aproveitando a conectividade digital e as tecnologias para desenvolver iniciativas ambiciosas e virtuais, que facilitem o acesso e aprimorem os serviços públicos para seus cidadãos. Para as empresas, a transformação digital não é apenas necessária para se adaptar às mudanças nas demandas de uma base de clientes que adotou firmemente o digital, mas também está criando novas oportunidades de negócios. Ao alavancar a internet das coisas, inteligência artificial e a automação, junto com a conectividade e análise de dados, as empresas digitalizadas estão se encontrando mais capazes de se adaptar a um ambiente em mudança e identificar novas oportunidades de mercado.
Para o crescimento da economia digital, será necessário, segundo a GSMA Intelligence, o desenvolvimento contínuo de backbone – rede dielétrica ou subterrânea de fibra óptica, formada por cabos, que, quando unidos a equipamentos terminais, possibilitam a oferta de canais de comunicação para serviços como transmissão de dados, imagem e voz – de qualidade de TIC, que inclua nuvem e 5G. A pesquisa ressalta que a quinta geração de telefonia móvel será crucial para apoiar as redes de telecomunicações do futuro. Entretanto, certos segmentos experimentarão uma adoção muito mais rápida do que outros.
Em conjunto com a Economist Impact e Huawei, a GSMA Intelligence identificou, após pesquisas global com executivos de empresas, formadores de políticas e investidores institucionais, as principais questões estratégicas de infraestrutura e as tecnologias de TIC que serão mais demandas pelo mercado: inteligência artificial (31,6%), internet das coisas (30,4%), cibersegurança (30,4%), nuvem (29,8%), automação de processos robóticos (26,2%), tecnologias blockchain (26,2%), edge computing (23,4%), 5G e 5G avançado (22,8%), Computação quântica (21%); Fibra para casa/Fibra para o escritório (20,6%), realidade virtual e realidade aumentada (19%) e IP e uma rede óptica de banda com uma ultra placa (14%).
Segundo a GSMA Intelligence, subjacente a todas essas mudanças, estão os provedores de infraestrutura digital, cujo papel no desenvolvimento da estrutura é fundamental para economia digital e difícil de subestimar. No entanto e apesar dos milhares de milhões de investimento, na maioria dos casos, as receitas das telecomunicações não registaram um crescimento correspondente. Olhando para o futuro, a questão chave para o setor é até que ponto eles podem capitalizar a nova onda de crescimento e oportunidades de negócios que estão surgindo no mercado, desde novas aplicações em massa de consumidores até novos serviços corporativos, como conectividade avançada, nuvem e armazenamento, aplicativos de análise e gerenciamento.
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