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Consumidores preferem marcas alinhadas a causas socioambientais

Fonte: Meio e Mensagem

20 de maio de 2022

Levantamento da ModaComVerso ressalta que 80% do público deixaria de adquirir determinado produto de marcas envolvidas em acusações relacionadas a causas sociais

Um levantamento realizado pelo movimento ModaComVerso, liderado pela Associação Brasileira do Varejo Têxtil (ABVTEX), organização que congrega redes nacionais e internacionais de varejo de moda, mostra o movimento de consciência do consumidor do impacto de suas escolhas e a tendência de questionamento das empresas sobre seu papel social.

No caso de marcas envolvidas em denúncia ou acusação sobre causas sociais, cerca de 80% dos entrevistados afirmam que deixariam de adquirir determinado produto. Outros 76% estão dispostos a pagar um pouco a mais em produtos de empresas comprometidas com causas socioambientais e 48% deles afirmam ter preferência por produtos de empresas da indústria têxtil que apoiam causas — sendo o combate ao racismo a de maior relevância para os brasileiros, seguida do combate ao trabalho forçado.

A pesquisa foi realizada pelo Instituto Locomotiva, em parceria com a consultoria Cause. Por meio de um questionário quantitativo online, foram coletadas informações de 1000 pessoas com 16 anos ou mais que compraram roupas nos últimos 6 meses, com paridade de gênero. Metade dos entrevistados pertencem à classe C.

O ModaComVerso, que reúne 3.715 fornecedores e 16 organizações da sociedade civil, surgiu em setembro de 2021 e parte do pressuposto de que, ao adquirir um produto de determinada marca, o consumidor contribui diretamente com a manutenção de uma cadeia produtiva socialmente responsável.

A iniciativa ModaComVerso também reúne 17 varejistas concorrentes: C&A, Renner, Marisa, Riachuelo, Pernambucanas, Calvin Klein, C&A, Bobô, Carrefour, Dafiti, Dudalina, Individual, John John, Le Lis Blanc, Loungerie, Restoque SA, Rosa Cha e YouCom.

O projeto tem o propósito de aproximar os consumidores daquilo que seriam as “boas práticas” das empresas têxteis, buscando destacar, por exemplo, empresas ou marcas que não têm histórico de trabalho análogo ao escravo, infantil e com contratação irregular de estrangeiros.

Estas práticas são garantidas a partir das auditorias realizadas pelo Programa ABVTEX, que foi criado em 2010 e já realizou mais de 46,5 mil auditorias em 636 municípios e 17 estados brasileiros. Premiado pela Prefeitura de São Paulo com o Selo de Direitos Humanos e Diversidade, o programa é considerado a primeira iniciativa brasileira de combate ao trabalho escravo reconhecida pelo Modern Slavery Map, que mapeia regional e quantativamente a escravidão moderna no mundo.

Confira matéria no Meio e Mensagem

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