Home / Abracom: o que muda com as novas diretrizes para agências e governo?

Abracom: o que muda com as novas diretrizes para agências e governo?

Fonte: Meio e Mensagem

11 de julho de 2023

Há alguns dias, a Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República (Secom), depois de uma série de articulações com a Associação Brasileira das Agências de Comunicação (Abracom), publicou algumas diretrizes de boas práticas para a relação entre agências e órgãos públicos. Desde o ano passado, a lei que proibia pregões já estava em vigor. Contudo, faltava que fossem estabelecidas orientações práticas e éticas para entidades públicas que desejam contratar parceiras no mercado publicitário.

De acordo com presidente da Abracom, Daniel Bruin, a publicação das orientações foram o modelo encontrado para democratizar o acesso aos editais públicos. Desse modo, a principal mudança foi a estipulação de alternativas aos pregões, espécie de leilão entre agências de comunicação que disputavam a prestação de serviços. “Havia empresas que não eram da comunicação fazendo lances, isso aconteceu mais de uma vez. Além disso, já chegamos a ver concorrência colocando 80% de desconto”, comenta.

Outra mudança foi o modelo de remuneração que, até então, era contabilizado por hora trabalhada e profissionais demandados. Todavia, a partir de agora, os órgãos públicos passam a propor editais baseados em serviços, como pacotes de projetos. Bruin conta que parte da inspiração da iniciativa surgiu a partir dos modelos do mercado de agências e marcas. As novas diretrizes também estipulam o encaminhamento de contas públicas para mais de uma agência. “Tem alguns ministérios que são contas de R$ 300 milhões de e colocar isso tudo na mão de uma agência só não faz muito sentido”, explica.

Por que mudar?

Com a derrocada dos pregões por orçamentos mais baratos, a Secom estipulou que critérios técnicos seriam implementados. Dentre eles, constam: proposta criativa, planejamento e estratégias. A pontuação, comum em editais, funciona por pesos. No caso, com essas mudanças de valores associados é possível equilibrar as contas. “A comunicação mudou muito nos últimos 20 anos, então, não faz mais sentido certos parâmetros. Com a tecnologia, as equipes são mais produtivas”, opina Bruin.

Foram 12 anos de estudos e tratativas entre a Abracom e diversas áreas do governo, contudo, foi a partir de 2023 que algumas iniciativas foram definidas. Em contrapartida, Bruin ressalta que essas mudanças podem demorar para entrar em prática. “Estamos começando o nosso caminho agora, não temos a ilusão de que amanhã vai estar tudo certo”, diz. Além de treinamentos, a Abracom tem trabalhado em cartilhas que serão distribuídas para que os órgãos públicos tenham maior aderência ao assunto.

Confira matéria no Meio e Mensagem

Voltar para Início

Notícias Relacionadas

GSMA: 25% dos brasileiros têm cobertura de celular, mas não usam
Um quarto da população brasileira está na área onde há cobertura de celular, mas não usa. São aproximadamente 54 milhões de pessoas, que estão offline por falta de letramento ou porque não conseguem ter acesso aos smartphones, segundo estudo da associação global da indústria móvel, GSMA, lançado em conjunto com as operadoras Algar Telecom, Claro, TIM […]
Google vai liberar indexação de página de vídeo
O Google começou a lançar um relatório de indexação de vídeo no Search Console na segunda-feira. O processo levará vários meses. A empresa apresentou o relatório em maio. O vídeo é um formato crescente para criadores de conteúdo, porque os consumidores desejam visualizar um visual em todos os lugares da Web, desde a Pesquisa do Google […]

Receba a newsletter no seu e-mail